Benevolência para Dividir o Fardo

Certo dia, durante um período de difíceis mudanças no trabalho, eu perguntei a uma funcionária como ela estava passando. Ela respondeu que estava bem. Eu olhei em seus olhos e disse: “Não. Como vai você de verdade?” Por seu comportamento pude ver que a turbulência por que passava nosso negócio estava cobrando dela um alto preço.
 

Na manhã seguinte, com lágrimas nos olhos, aquela funcionária aproximou-se de mim para dizer que a pergunta cordial que eu lhe fizera no dia anterior a emocionara e a fizera compreender que eu realmente me importava com ela. Em seguida, ela expressou ideias importantes e disse como se sentia sobre as mudanças e falou sobre o que mais a perturbava.

Um estudo de uma empresa de administração de benefícios a empregados descobriu que 33% das pessoas estariam dispostas a trocar de empresa se soubessem que iriam ser tratadas com mais empatia; 40% disseram que trabalhariam mais horas se tivessem certeza de que as pessoas para quem trabalhassem genuinamente se importavam com elas e seu bem-estar.

Isso é interessante, já que “empatia” não é um tema que receba muita atenção na faculdade de economia – se é que recebe alguma. Mesmo em treinamentos administrativos o foco geralmente se concentra em como fazer com que o trabalho seja feito da forma mais produtiva e eficiente e não sobre como abordar as legítimas necessidades das pessoas que estão fazendo o trabalho.

Empatia é definida como a habilidade de compreender e compartilhar os sentimentos de outras pessoas. No mundo empresarial é fácil ignorarmos os sentimentos dos outros. Maximizar lucros e satisfazer acionistas é a prioridade. Mas importar-se sinceramente com as outras pessoas pode fazer uma tremenda diferença na formação de empregados leais, mais satisfeitos e produtivos por se sentirem valorizados.

No Novo Testamento da Bíblia, Gálatas 6:2 ensina: “Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo.” Outra forma de expressar isto é: “dividam a carga”. O peso das emoções ou o esforço excessivo de lidar com os problemas que não podem ser resolvidos imediatamente, pode ser esmagador. Às vezes, podemos ajudar de forma específica e tangível. Em outras, podemos apenas comunicar à outra pessoa que nos importamos – e isso pode ser o suficiente. Podemos dar-lhe a segurança de que estamos orando por ela. Ajudar a suportar o fardo de outra pessoa pode ser um ato de benevolência que ela jamais esquecerá.

As Escrituras afirmam este princípio de outras maneiras:

Disposição para colocar os outros em primeiro lugar. Quer nosso papel seja o de executivo, supervisor ou colega de trabalho, mostrar empatia para com outros transmite a mensagem de que estamos preocupados com aquilo que é interesse prioritário deles. “Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos.” (Romanos 15:1).

Fazer o que gostaríamos que fizessem a nós. Se você estivesse enfrentando circunstâncias opressoras, gostaria de ter o interesse e o cuidado de outras pessoas para ajudá-lo a atravessar tempos difíceis? “…sirvam uns aos outros mediante o amor. Toda a Lei se resume num só mandamento: Ame o seu próximo como a si mesmo.” (Gálatas 5:13-14).

Perguntas para Reflexão ou Discussão

1. Com que frequência você observa a empatia ser expressa no ambiente de trabalho? De que maneiras?

2. Você pode se lembrar de quando foi beneficiário da preocupação e cuidado sincero de outra pessoa? Como você se sentiu?

3. Algumas pessoas têm naturalmente mais empatia do que outras. Como você se classifica: muito, pouco ou nada empático? Explique sua resposta.

4. Como podemos nos esforçar para sermos mais empáticos e ter mais consideração pelas preocupações e necessidades das outras pessoas que atravessam tempos difíceis?

Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Provérbios 12: 14, 18; 15:4; 16:24; 20:5, 12; Eclesiastes 4:9-12; I Coríntios 12:12-20, 26.

Rick Boxx é presidente e fundador da “Integrity Resource Center”, escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, CPA, ex-executivo bancário e empresário. 
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