Lições Aprendidas Com os Erros

Tivemos um importante trabalho de construção no rancho de minha família onde criamos instalações para atender a veteranos militares que sofreram sérios ferimentos – físicos, mentais e emocionais – em combate. O edifício requeria consertos consideráveis e precisávamos que o trabalho fosse concluído o mais breve possível.

Uma pessoa veio para discutir o projeto e disse que o realizaria; assim, nós lhe concedemos o contrato. Então, ele não apareceu como tinha prometido. Liguei para ele que me deu uma nova data, assegurando que estaria lá conforme o prometido.  Mas novamente ele não apareceu.  Assim, tentando ser paciente e compreensivo tanto quanto podia, liguei para ele novamente. O surpreendente é que ele deixou de comparecer pela terceira vez. Como no beisebol, não rebateu a bola três vezes, você está fora! Eu o dispensei e contratei outra empresa. Felizmente, o trabalho agora está concluído.

Recentemente, para minha total surpresa, o indivíduo que dispensei ligou para mim.  Ele disse que estava fazendo uma doação significativa para o nosso trabalho com os veteranos. Perguntei-lhe por quê. Ele respondeu que um bom trabalho merece apoio. O que ele disse soava bem aos nossos ouvidos, mas eu decidi investigar mais a fundo esse empreiteiro. Aprendi diversas vezes que Deus está sempre trabalhando, mesmo quando não podemos entender o que Ele está fazendo.

Eu descreveria aquele camarada como alguém duro como uma rocha. Entretanto, ele começou a chorar ao me contar acerca dos problemas de saúde extremamente sérios que ameaçavam sua vida, bem como graves questões que ele enfrentava em sua empresa. Então, decidi dirigir mais de 80 quilômetros para ter com ele um encontro olho no olho. Fiz perguntas. Depois ouvi. Fiz mais perguntas. E ouvi um pouco mais.

O que aquele homem me disse era surpreendente. Se alguém fosse para o céu por ter realizado boas obras, essa pessoa seria ele, porque ele tinha contratado e proporcionado crescimento a muitos homens através da sua companhia construtora. Por mais de 50 anos ele havia dado uma contribuição significativa e produtiva para sua comunidade.

A verdade, porém, é que se ser “bom” levasse alguém para o céu, então Jesus não precisaria ir voluntariamente para a cruz morrer por nossos pecados. Romanos 3:10-12 nos diz: “…Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus…não há ninguém que faça o bem, não há nenhum sequer.” Mas a boa notícia é “Mas Deus demonstra Seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.” (Romanos 5:8).

Ao recordar aquele que considerei ser um encontro divinamente marcado, ocorreu-me que ele me ensinou lições valiosas que poderiam beneficiar a muitos de nós:

1) Na vida e no trabalho, prometa menos, realize mais;

2) Se surgirem problemas, disponha-se a contar as más notícias, ao invés de não dar notícia alguma;

3) Não assuma compromissos demais;

4) Comece tendo em mente o final, e termine o que começou;

5) Talvez o mais importante: Como seguidores de Jesus Cristo, nós O representamos, mesmo para pessoas que nos desapontaram e deixaram de cumprir o que prometeram. Nós podemos ser a única “Bíblia” que os outros estarão lendo. Nós deveríamos sempre estar preparados para viver e compartilhar as Verdades de Deus.

Foi Jesus que disse: “Seja o seu ‘sim’, sim, e o seu ‘não’, não; o que passar disso vem do Maligno.” (Mateus 5:37). É muito difícil que tenhamos problemas se formos até o fim e fizermos aquilo que prometemos fazer.

Artigo de autoria de Ken Korkow, que mora em Omaha, Nebraska, U.S.A., onde ele serve como Diretor do CBMC. Adaptado de “Fax of Life” (Fax da Vida), coluna que ele escreve semanalmente.
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