Minhas “habilidades” como cozinheiro são extremamente limitadas. Posso fazer um hot-dog, abrir uma lata de sopa e esquentá-la; também posso fritar um ovo ou fazê-lo mexido. Entretanto, sou abençoado por ter uma esposa cuja capacitação como cozinheira vai muito além do que ela gosta de admitir. Portanto, não deixo de ter boas coisas para comer.
Embora eu não seja um cozinheiro, aprecio o valor das receitas. Os ingredientes certos misturados nas proporções certas são importantes. Se faltar algum ingrediente, nem mesmo o mais celebrado chefe poderá compensar sua falta. Nos negócios, acontece quase a mesma coisa. Uma companhia de sucesso é, em grande parte, o produto da “receita” certa, com todos os ingredientes necessários misturados na proporção correta.
Se você fosse colocar por escrito a “receita” que sua organização vem usando, qual seria ela? Para muitas empresas, os ingredientes incluiriam pessoas, planos, projetos, preparação, produtividade e lucros. Em inglês, todos estes “ingredientes” começam pela letra “P”. Contudo, tenho observado que em muitos casos, um ingrediente crítico é deixado de fora – um que também começa com a letra “P” – Pray (oração, em inglês).
Há mais de 40 anos, eu me juntei ao quadro de pessoal do CBMC como diretor, e depois, como diretor de publicações. Uma de minhas responsabilidades mais agradáveis – e instrutivas – foi entrevistar e escrever artigos sobre líderes empresariais e profissionais dedicados a viver sua fé no ambiente de trabalho. Todos eles eram indivíduos incomparáveis que serviam em uma vasta gama de atividades vocacionais. Mas em sua busca pelo sucesso, eles tinham uma prática em comum: eles oravam.
A maioria deles não orava por um sucesso tangível ou pela vitória sobre seus concorrentes. Eles oravam por sabedoria e orientação sobre a forma de construírem seus negócios. Eles oravam por seus funcionários. Eles oravam para que Deus providenciasse soluções para os problemas com que se deparavam. Acima de tudo, eles oravam para que eles e suas companhias servissem como boas testemunhas de Deus em suas comunidades (Atos 1:8), bem como embaixadores eficientes de Jesus Cristo para com quem quer que encontrassem a cada dia (II Coríntios 5:20).
Eis aqui apenas uma amostra do que a Bíblia ensina sobre oração como sendo parte da “receita” para nossa vida diária:
Oração é uma atividade contínua, não ocasional. Nós podemos separar momentos específicos para oração e meditação concentrados, mas orar é algo que podemos fazer a cada minuto de cada dia, não importa o lugar. “Orem continuamente.” (I Tessalonicenses 5:17).
Nós podemos orar sobre tudo e todas as coisas. Não existem limites nem fronteiras sobre o que podemos ou devemos orar. Podemos expressar livremente a Deus nossas necessidades, preocupações e até mesmo nossos medos, não importando as circunstâncias envolvidas. “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.” (Filipenses 4:6).
Deus promete responder às orações de Seus filhos. Jesus ensinou que o resultado direto de um relacionamento pessoal com Ele é orar por seja o que for que estejamos precisando – de acordo com Sua vontade – e que podemos estar seguros de termos nossas orações atendidas. “Se vocês permanecerem em Mim, e as Minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido.” (João 15:7).
Próxima semana tem mais!
Robert J. Tamasy, é jornalista, editor e escritor, e autor de "Business at Its Best: Timeless Wisdom from Proverbs for Today's